terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Individual, apenas?

Ser feliz é o objetivo de muitas pessoas que vivem em nossa sociedade. De certo, também a visão de felicidade não é igual para todos, mesmo que um ou outro tenha certa similaridade. Mas uma pequena questão pode surgir ao se pensar em felicidade. Seria um estado? Um sentimento? E tratando-se de um sentimento, seria exclusivamente pessoal ou pode ser compartilhado? E sobre questões maiores? É possível ter felicidade plena no mundo de hoje?

Tantos questionamentos,obviamente, podem obter variadas respostas. E isso pode se tornar parte de um problema. Podendo tal estar nas pessoas que não aceitam e convivem bem com um sentimento que as acompanha desde seu nascimento: a solidão da individualidade. Essas pessoas, por não conviverem bem com esse sentimento, podem responder aos questionamentos dizendo que sua felicidade depende do outro. Então colocam em outras pessoas a realização de seus anseios. Quem faz isso esquece a responsabilidade que o outro sujeito tem por si e por seus próprios desejos. Certamente não vislumbraram que alcançar sua felicidade depende, em grande parte, de tal entendimento de individualidade solitária.

Outros podem completar tal idéia dizendo que a felicidade, em sua total, digamos, maturidade, é, antiteticamente, também um sentimento coletivo e deve ser compartilhado. Dizem isso, pois o simples fato de conversar, animar ou tentar fazer o outro feliz é uma grande alegria para essas pessoas, elas acreditam que dividindo problemas e pesares é ter metade das aflições. Sendo assim, um exemplo de iniciativa são os doutores da alegria espalhados pelo mundo. Um gesto aparentemente pequeno de levar alegria e colher sorrisos, mas que dá alento a quem sofre num leito de hospital.

Talvez chegar a uma resposta para a felicidade plena é quase impossível. Ou se encontrada tal plenitude por alguém dificilmente servirá de parâmetro ou receita para outro alguém. Afinal, ser feliz implica em sentimentos profundamente pessoais, cada um busca a felicidade de uma maneira diferente. Primeiro, bom seria, nos conhecermos, entendermos nossa individualidade e buscarmos, em nossa livre solidão, equilíbrio próprio para assim compartilhar a felicidade com quem está próximo de nós. Compartilhar apenas. Ousadamente pode-se dizer que nada seria melhor para a humanidade se tivéssemos mais pessoas preocupadas em entender-se e dividir sua felicidade, ao invés de buscá-la para exclusivamente satisfazer a si.

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