segunda-feira, 5 de março de 2012

Vocação?!

Das muitas fases de nossa vida, a juventude é, de certo, a das mais conflitantes. Seja pelas grandes aventuras, amores e amizades, seja pelas primeiras experiências de responsabilidade. A escolha da profissão é uma dessas responsabilidades e, para muitos, bastante complicada, já que nem sempre é possível conciliar expectativas pessoais às exigências do mercado de trabalho atual.
Um influenciador na escolha do futuro profissional são as perspectivas econômicas. Afinal o custo de vida acresce de forma contínua, sendo primordial projetar uma carreira que atenda a essa, quase determinada, instância da sociedade contemporânea. Os cursos de nível superior na área tecnológica e de engenharia, além de medicina, são os mais disputados, exatamente, por conquistarem os mais recentes avanços e, consequentemente, alcançado maiores salários no mercado de trabalho.
Além do bacharelado, pós-graduações, doutorado e especializações são recomendáveis, pois podem garantir estabilidade, ou, até mesmo, abrir portas para o emprego. Outro importante ponto é ser multidisciplinar, não ficar preso aos limites de sua profissão, agregar conhecimentos de outras áreas, ganhando uma visão ampla do mercado e da sociedade. Buscar, assim, a solidificação da carreira através dessa nova forma de competência: interdisciplinaridade. Mas, com isso, as pessoas não estariam deixando de lado o exercício pleno de sua vocação?
Infelizmente, não há mais espaço para tal situação. Hoje, é imprescindível para se manter financeira e profissionalmente a conquista do equilíbrio entre o gostar e o dever fazer. Para aqueles não contemplados com a prática plena da vocação, será necessário, acima de tudo, aprender a gostar daquilo que se faz. Mas, há a chance de, após aposentado, seguir o tão sonhado curso da juventude, muitos já fazem isso: recomeçam. Não será o começo de uma nova vocação?

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